sinto que provavelmente não vais voltar aqui. pelo menos por agora... eu também não voltei sabes? doeu-me demais reviver o que foi nosso. sei que o que sentes é diferente. que mudou. que mudou. que mudou. sei que não vou poder estar eternamente neste estado, de pertencer a nada, de não saber o que contar, de não ter refúgio onde me abrigar. mas sabes? orgulho-me de ainda estar de pé, de ainda acreditar. se quisesses, ainda mudaria o mundo por ti.
contudo, não posso insistir permanentemente em algo que depois me traz sofrimento. a tua ausência. a tua falta de palavras, e de expressares o que sentes. sei que com o passar do tempo, os meus sentimentos vão ter tendência a ficar mais breves, mais disciplinados. aí será mais fácil.
mas, e agora? e eu? eu ainda dou a minha vida por ti, ainda te amo da mesma forma, ainda és a primeira pessoa em quem eu penso logo que acordo! diz-me como se pode lutar contra este amor tão grande que sinto por ti, como posso lutar contra mim mesma?
à noite, ainda continuo a ir para a nossa nuvem. deito-me de barriga para cima, e ouço todos os sons que por ali passam. todos me fazem lembrar de ti, de nós. então fecho os olhos. respiro fundo. envolvo-me na minha tristeza de não te ter por perto. "ah, como eu gostava de te abraçar agora! sentir o teu cheiro, mergulhar dentro dele." e lá fico... eternamente. assim... à tua espera.
com o tempo, vou-me apercebendo se realmente é certo sentir o que sinto.
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