17.6.11

o céu desapareceu por segundos. a realidade tornou-se escura e afunilada. doíam-me os pés e a alma. o vento soprava lá fora anunciando uma desgraça.
as estradas abriam-se, os prédios ruíam, os vidros partiam. as pessoas fugiam.
o fim surgia diante dos meus olhos. mas, por estranho que parecesse, eu estava tranquila. observava em silêncio e com muita atenção. com os olhos completamente húmidos, sorria levemente. "eu não tenho medo de morrer", dizia para mim. "sem ti, eu não tenho medo de morrer".

2 comentários:

Anónimo disse...

Adorei, estou a seguir :)

Rute Neves disse...

um dos meus blogs predilectos sem dúvida alguma